MACAU - FAMÍLIA DIZ QUE PACIENTE MORREU PORQUE HOUVE NEGLIGÊNCIA DO MUNICÍPIO TODAS AS VEZES EM QUE PROCUROU ATENDIMENTO MÉDICO.


Desde a semana passada que o macauense Paulo Roberto estava internado no Hospital de Ceará Mirim quando veio transferido de Macau depois de uma verdadeira penitência por um diagnóstico  do Covid -19.

Segundo relatos de familiares, Paulo chegou a ir 4 vezes ao Hospital Antonio Ferraz em Macau a procura de atendimento e um diagnóstico, já que apresentava sintomas de Covid. No primeiro atendimento, o hospital tratou o caso como sendo uma possível crise de sinusite e depois de medicado, liberou o paciente que voltou pra casa. Sem melhoras, Paulo retornou pela segunda vez ao hospital  com as mesmas queixas e sintomas, dessa vez a justificativa do pronto socorro é que não poderia realizar o exame de diagnóstico por não contar com nenhum a profissional especialista na área,  o que fez o paciente de novo  voltar pra casa sem a certeza do seu problema.  Sem melhoras,  Paulo começou a apresentar dores nas costas, quando procurou o hospital pela 3ª vez e  o possível diagnóstico do médico de plantão é que Paulo poderia estar com  uma crise de próstata , orientando o paciente a procurar um especialista,  o que preocupou a família sem um avanço no diagnóstico que tinha evidências de ser Covid. 

Com os sintomas já bem avançados e muita desconfiança de que poderia está infectado,  o paciente procurou o Centro Covid que funciona no bairro do valadão , porém a unidade estava fechada em razão do feriado junino de 12 e 13 de junho. Foi quando Paulo piorou e pela  4ª  vez retornou ao hospital  e sem nenhum diagnóstico fechado e  nenhum protocolo , ficou isolado e aguardando o resultado de um exame colhido, cujo resultado só saíria na segunda feira. Foi quando o paciente já apresentava um quadro bem evoluído da infecção, sendo necessário que na segunda feira, a   SAMU de Natal fosse acionada para transferir Paulo para o Hospital de Ceará Mirim. 

Infelizmente Paulo faleceu hoje, 18/06, no Hospital de Ceará Mirim.

O municipio tem anunciado o avanço em números de vacinados, porém a logística para essa etapa é distribuir , montar pontos e elaborar um calendário de vacinação. Mas a luta pela vida passa, principalmente,  pela adoção de um protocolo de atendimento que resguarde e acolha aquele o paciente que busca atendimento. Não se pode encarar como normal  que um paciente com sinais evidentes de contaminação do Covid-19,  espere um fim de semana inteiro por um diagnóstico porque falta profissional de plantão e   quando se tem , por exemplo, publicado no Diário Oficial do Município e em plena pandemia, a concessão de licença prêmio de 6 meses a uma bioquímica do município, lotada naquele hospital. 

Vale lembrar que o município teve o privilégio de ter até o fim de 2020 um Hospital de campanha com 20 leitos e contou com 5 leitos de UTI's prontas, e que a atual gestão fez questão de desativar.

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